LUÍSA GOMES DE MOURA
- luisagomesdemoura1
- 18 de set. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 28 de set. de 2020
Edifício Frames

Localizado em um ponto chave da Capital mineira, quarteirão triangular circundado pela Rua dos Timbiras, Rua Alagoas e Avenida Afonso Pena, o Edifício Frames foi concebido com o ideal de preservar a permeabilidade visual de importantes espaços da cidade de Belo Horizonte mantendo o clima agradável e enquadrado diferentes vistas icônicas como a Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem e o Parque Municipal.
O projeto consiste em uma edificação de uso misto, planejada para se destacar no atual cenário de habitações verticalizadas no Brasil. Para isso, os seguintes pontos foram seguidos a fim de se produzir algo com qualidade e diferencial, revolucionando a forma de se pensar no uso aéreo de nossas cidades.
- Densidade: o edifício possui 144 módulos habitacionais, com diferentes disposições, totalizando uma média de aproximadamente 560 habitantes.
- Diversidade: evitando a criação de um pavimento tipo as plantas variam em 12 formas de habitações diferentes, que se misturam e encaixam dentro de seus frames. Essas habitações são constituídas de diferentes combinações de módulos de estrutura metálica de 3x3m.

- Articulação: os diferentes módulos habitacionais representados abaixo são articulados por caixas de escada e elevador de concreto, servindo também de contraventamento para a estrutura metálica do edifício. Essas caixas de escada/elevador laterais (em cinza escuro) dão acesso direto a cada um dos apartamentos. Além disso foi criada uma estrutura a parte para o acesso comunitário a esses terraços internos, que consistem em áreas de lazer do prédio. Essas escadas acopladas na fachada do edifício desempenham a função de conectar todos os apartamentos de cada frame, com seu respectivo terraço, criando uma área de transição entre o coletivo e o privado.
-Indeterminação funcional / Crescimento: as 12 diferentes plantas apresentam algum cômodos fixos devido a necessidade de se pensar em prumadas hidráulicas e shafts no edifício. Dessa forma cozinhas e banho foram estrategicamente localizados nas extremidades das plantas, perto das caixas de escada/elevador que é onde estarão localizados os shafts. Já os outros ambientes foram pensando permitindo a colocação de móveis para um quarto/ ou sala, mas possibilitando também a liberdade do cliente para conformar os layouts de acordo com sua individualidade, dentro dos limites permitidos por cada módulo. Além disso, com a colocação da escada acoplada na fachada , que leva aos terraços, foram criadas possíveis áreas de varanda á serem acrescidas em cada apartamento.

- Solos Aéreos/ Paisagem : os solos aéreos são o maior potencial do edifício frames. Além dos terraços coletivos entre os vizinhos, que promovem a permeabilidade visual do prédio e o incentivo de áreas verdes de convivência em diferentes pontos da construção que não o habitual pilotis, há também áreas públicas de grande potencial que são acessadas pelas duas caixas centrais de circulação vertical. São elas:
- a galeria comercial subterrânea com 72 lojas de 3x3m
- a praça pública com anfiteatro, praça de alimentação, paisagismo e espelhos d`agua
- o terraço panorâmico, no penúltimo pavimento, com restaurantes diversos que tem uma vista privilegiada da cidade de Belo Horizonte
- A piscina pública na cobertura que gera mais uma opção de lazer nada convencional na capital mineira.

Além disso, a ideia de permeabilidade se estende também para o pilotis elevado que permite tanto a passagem direta para a praça central, como o acesso, por meio de escadas ou de elevadores nas torres centrais de circulação pública, para a galeria subterrânea de lojas.

Enfim, todos esses aspectos fazem do edifício Frame um projeto que rompe barreiras do privado e do habitual e propõe uma nova forma de pensar a habitação vertical na cidade. Pensando sempre no comprometimento com o âmbito urbano e procurando se aproximar das expectativas individuais dos habitantes através da diversidade de opções e ambientes de lazer.
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